8 de Abril - Dia Internacional dos Ciganos:
Há 760 famílias de etnia cigana a viver nos bairros municipais da capital, constituidas por 3.296 indivíduos, o que equivale a 4,3% da população total. “Concluímos que têm mais visibilidade do que expressão numérica”, esclarece Maria Helena Correia, da Gebalis. O levantamento, realizado pela empresa gestora dos bairros municipais, apurou que esta minoria está presente em 38 dos 64 bairros, sendo mais numerosa no Bairro Alfredo Bensaúde (Olivais), Murtas (Campo Grande) e Eduardo Bairrada (Ajuda). Estas famílias foram realojadas entre 2000 e 2004, 40% das quais vieram dos extintos bairros do Vale do Forno, Galinheiras e 2 de Maio (Ajuda). Cerca de 24,1% dos agregados têm seis ou mais pessoas (33% com menos de 15 anos), e 1/4 está sobrelotado.
Estima-se que existam entre 6500 e 7000 ciganos em Portugal com habitação móvel ou residência fixa sem condições de habitabilidade, o que representa entre 16% e 18% da população. A dimensão do fenómeno da precariedade habitacional ligada à etnia cigana foi apurada pelos investigadores Alexandra Castro e André Correia, do Centro de Estudos Territoriais do ISCTE, e vai ser divulgada a 8 e 9 de Abril no Seminário Internacional ‘Ciganos, Território e Habitat’. O estudo frisa também o carácter forçado da mobilidade. No encontro serão igualmente apresentados os casos particulares de Aveiro, Mondim de Basto, Coimbra, Lejana de Cima (Faro), Santo Tirso, Lagoa e Barreiro.
Com estes factos, podemos concluir que a etnia cigana poe este motivos é a mais discriminada em Portugal.
Patrícia Rodrigues
Sara Alves
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